quinta-feira, 30 de abril de 2015

Depois da Páscoa, nos Açores:

Depois da Páscoa, nos Açores:
Logo depois da Páscoa,
Nos Açores,
O arquipélago é um altar
E cada ilha é uma mesa
Para o Espírito Santo louvar,
São cortejos para a igreja
Onde o imperador vai coroar,
E depois a mesa posta
Numa fartura sem par...
Massa doce, carne
E esculturas de alfenim,
Muito pão
Em arrendados açafates,
Vinho a borbulhar
No canjirão,
E copos enfeitados
De alvos e doces confeitos.
É o povo ilhéu
Religioso e profano
Na sua fé,
Crente e festeiro,
O terço rezando,
Com muito fervor,
Numa sentida prece,
Num hino, num louvor
Ao Divino Espírito Santo!
Então, no sétimo domingo,
No terreiro do local,
É o culminar
Da abundância e da partilha,
É a terceira pessoa louvar...
Em cada casa, em cada ilha!
Clara Faria da Rosa 

terça-feira, 28 de abril de 2015

Eu quero sorrir!

No Dia Mundial do Sorriso



Eu quero sorrir...

Eu quero sorrir
Para ti,
Minha amiga de verdade,
E para ti também,
Para quem sou indiferente.
Eu quero sorrir
Para os que sofrem
Terríveis e cruéis doenças, 
Do corpo, do coração ou da mente
Ou de saudade de alguém. 
Eu quero sorrir
Ao vento
Para que espalhe uma mensagem
De  alegria e esperança
E que na aragem te traga
Paz, trabalho e muito amor.
Eu quero sorrir
Ao Sol
Para que a todos aqueça
E que da terra faça brotar
Muito verde, muita cor.
Eu quero sorrir
Ao mar
Para que a espuma das ondas
Espalhe muita ternura
E apague a amargura
Dos desamparados e pobres.
Eu quero sorrir, sorrir, sorrir...
Até meus lábios gelarem,
Até meus olhos não verem,
Os indiferentes e inimigos,
Os familiares e amigos,
O vento, o sol e a espuma do mar
E os pássaros a chilrear.
Eu quero sorrir, sorrir, sorrir...
Para sempre!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

No aniversário da revolução de Abril

Isto foi escrito faz hoje uma ano, contudo, penso que tem pleno cabimento hoje, passados que são 365 dias, é que nada mudou, nem as moscas!
No 40º aniversário da revolução de Abril
Neste dia e atendendo à conjuntura social e económica que o nosso país está a atravessar quero citar um célebre economista norte-americano Arthur Burns :
"Aquele que se diz capaz de endireitar a economia de um país, não sabe do que está a falar!"
Burns, falava de um modo geral, imagine-se se ele se referisse a Portugal o que diria!!!
Só peço a Deus que nos ajude a sair desta situação em que vivemos para que nosso país continue suficientemente livre de modo a que os nossos governantes possam, examinando tranquilamente a sua consciência, se a tiverem, ser capazes de endireitar a nossa economia, antes de morrerem todos os portugueses e nós tenhamos, futuramente, um país onde vale a pena continuar a viver, e 
uma nação a invejar!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

No poupar é que está o ganho!

O prazer de reciclar

Era uma vez dois baús de porão velhos, bolorentos,  ferrugentos e desconjuntados.
Estiveram muito e muito tempo empilhados a um canto de uma garagem até que chegou o seu dia.
A sua dona  resolveu dar-lhes uma segunda oportunidade...Limpou,lixou, martelou, arrancou pregos e tachas velhas, pintou, colou e no fim ficou feliz com o resultado! 
Conto-te esta história, que já não é uma história recente, porque como todos os que me conhecem sabem, sou apologista do reciclar, reaproveitar, adaptar, como forma de unir a arte e o talento à poupança! Já a minha mãe dizia que " no poupar é que está o ganho", porque para mim, os móveis e as coisas têm a sua história que gosto de relembrar com muito carinho e porque ontem quando fui andar vi no lixo um lindo baú que se fosse arranjado ficaria lindo. Fiquei com pena do pobrezinho porque penso
 que  neste tempo de crise seria oportuno criarem-se  novos hábitos:
 Aproveitar o que se tem  e remodelar em vez de simplesmente deitar fora e comprar novo, é muito mais divertido e mesmo que não fique lá muito bonito, certamente ficará melhor do que o que estava,sairá mais barato e dar-nos-à um certo gozo dizer que é que restauramos....
Aqui fica o resultado da minha história, dá muito jeito no sótão para arrumar roupas de cama, toalhas e outros
Que tal?
Não é uma obra de arte, mas deu-me muita alegria o resultado final. E quando se abre é um primor porque forrei-os com revistas antigas " Para Ti!  com modelos de rendas 






Tristeza

Se a tristeza fosse...


Se a tristeza fosse uma flor... 
Teria as pétalas caídas,
A olhar a terra escura,
Esquecendo a frescura,
Que nos trazem nossos dias. 
Se a tristeza fosse o mar...
Seria negra, revolta, escura,
Beijaria com força as rochas,
Esmagando altas ondas,
Uivando com amargura.
Se a tristeza fosse uma lágrima...
Seria viscosa, grossa, pesada,
Correria lenta e sem vontade ,
Denunciando toda a maldade,
Que a faz correr agoniada.
Se a tristeza fosse a noite...
Duraria eternamente,
Sem deixar o Sol sorrir,
Nem a maldade partir,
Num escuro permanente.
Mas..
A tristeza não é noite, nem é flor,
Não é lágrima, nem é mar, 
É muitas vezes grande dor...
Que nos vem de muito AMAR!

Clara Rosa

terça-feira, 21 de abril de 2015

Não sou um caracol sem concha!

Nada se compara a andar a pé para se conhecer  bem um lugar, e foi isso, que fiz numa breve e recente permanência na cidade da Horta,ilha do Faial,  dei um pequeno passeio a pé  pela cidade e entrei no mercado municipal, um simples mas  aprazível espaço, que nos dá conta do que se produz e faz em termos artesanais por aqueles lados . Ao sair contemplo a respectiva fachada onde se podem ver  alguns painéis de azulejos em homenagem a antigas profissões: vendedores de fruta, de legumes, de  peixe de carne entre outras.                                                                                         Foi com uma certa nostalgia que me apercebi de como os lugares à semelhança das pessoas mudam quase sem que nos apercebamos disso,  basta só pensar em profissões que eram prática comum na minha infância e que o avanço tecnológico exterminou fazendo com que aparecessem novas profissões.
Basta só referir que vim ao mundo, num meio rural, pelas mãos de uma parteira que fazia o que se podia classificar de "serviço domiciliário", a tia Remédios, na então freguesia, hoje vila das Lajes, não esquecendo  que não havia rapariga casadoira que não recorresse à tecedeira para completar o seu enxoval, o amolador que passava  a apitar e amolava facas e tesouras além de ter outros préstimos como os de pôr gatos em louça ou loiça rachada, e de endireitar e consertar as varetas dos guarda-chuvas, havia o vendedor de peneiras e até se dizia que quando ele aparecia ao fim de três dias chovia, o latoeiro também tinha grandes préstimos para fazer as latas do leite e recipientes que guardavam os produtos do porco entre outros, o tanoeiro, o sapateiro o ferreiro, a ceifeira  a mulher do Pico que passava com um grande açafate à cabeça com lindos e coloridos chapéus de palha que me traziam grande alegria, pois a minha mãe todos os Verões me comprava um chapéus novo porque naquele tempo a moda era ser-se branquinha .
Enfim, não sou contra os avanços tecnológicos, nem contra as novas profissões e gosto de olhar para a frente mas também de rever o passado e estas imagens fazem parte do meu passado  como a concha faz parte de um caracol e eu não sou um caracol sem concha, tenho um passado do qual muito me orgulho!!!



Uma caixinha aveludada:

Criatividade e sensibilidade:
Estive a descascar favas, nada de especial para esta época do ano, especial foi o facto de, enquanto fazia este moroso trabalho, me ter posto a pensar, e de repente a minha cabeça ter voado para o princípio da década de setenta do século passado e me ter levado à escola da Ribeira da Areia na freguesia de Vila Nova onde eu dava os primeiros passos como professora, profissão que sempre me realizou sobremaneira. Pena é que ao longo dos anos e com a experiência adquirida e as aprendizagens feitas conclua, com muita pena minha, que poderia ter feito melhor, mas já a minha mãe que era costureira, dizia, quando deixou de trabalhar, que naquela altura é que se sentia apta para começar na sua profissão.
Mas isto tudo são desvios do assunto e do título em epígrafe. O que eu te quero contar é que, enquanto descascava as ditas favas, me lembrei de um aluno que frequentava, com os seus irmãos aquela escola, e que emigrou com a família, pelo que lhe perdi o rasto, que era uma criança muito sensível, me ter escrito numa redacção, aquilo a que hoje se chama expressão escrita, o seguinte:
---- O meu pai trouxe para casa uma saca muito grande cheia de favas e ontem à noite estivemos, todos juntos, a descascá-las.
As favas são muito engraçadas porque vêm numa caixinha verde, forrada de veludo, para não se estragarem, e têm na ponta uma boquinha que está sempre a rir.
Isto dito, mais ou menos por estas palavras, por uma criança de oito anos, em cuja família não havia o hábito de leitura, quando ainda não se via televisão e os estímulos intelectuais ainda eram poucos, deixou-me de tal modo admirada que nunca me esqueci, passados que são quarenta e cinco anos.... Quem soubesse dele e que rumo escolheu!
A criatividade e a sensibilidade são características que embora possam ser trabalhadas, são muitas vezes inatas, e podem encontrar-se nas mais humildes famílias, nas mais humildes escolas como nos colégios mais caros, até se podem encontrar numa casca de fava, transformada em caixinha de jóias, aveludada!!!


segunda-feira, 20 de abril de 2015

Contigo no coração:


Sábado passado, dia 18 de Abril, quem quis correr correu, quem quis andar andou, cada um ao seu ritmo, mas todos irmanados por um objectivo comum, a angariação de fundos a favor do núcleo regional dos Açores da liga contra o cancro. Esta iniciativa intitulada "contigo no coração" prova que uma vez mais os açorianos e os terceirenses, neste caso, sabem dizer PRESENTE quando a isso são chamados, e sabem quedar-se silenciosos frente a grandes males!
Estive lá, participei, tendo sempre em mente, ao longo do percurso que cooperar e participar é fazer com um sorriso aquilo que temos de fazer :-- Lembrarmo-nos que somos um todo e que não é o que temos mas o que fazemos que contribui para o engrandecimento geral..


.
Aqui na ilha Terceira, Açores, é hábito as pessoas oferecerem aos impérios peças de alfenim, em cumprimento de promessas feitas ao Divino Espírito Santo, em momentos de aflição e ou de dor. Estas peças depois são  arrematadas ( leiloadas ), normalmente à porta do império, momento que muitas vezes se reveste de imensa graça, atendendo ao clima de descontracção que se vive, porque normalmente todos se conhecem, e ao que o leiloeiro, diz para captar a atenção dos presentes para que  licitem e  entrem em despique para ver se o lance vai aumentando. 
Estas são algumas das peças que foram oferecidas  em anos anteriores ao império de Bicas de Cabo Verde, São Pedro de Angra, normalmente o formato das peças tem a ver com o tipo de promessa que se faz e então tomam a forma de membros do corpo, de animais e ou outros.
O alfenim é um doce de tacho, feito com açúcar e água suficiente para o cobrir e vinagre. Após tomar o ponto ideal é trabalhado quente de modo a serem modeladas as peças pretendidas. Este doce como o nome indica é de origem árabe (al-fenid).Alfenim e significa "aquilo que é branco".
O alfenim era uma guloseima oriental muito popular, em Portugal, nos fins do séc. XV e inícios do séc, XVI. Esta receita veio para os Açores trazida por elementos mouriscos que cá se fixaram. Era prenda de luxo, servindo para presentear pessoas distintas, também era usada para ornamentar as mesas dos noivos.



Alfenim:
As mulheres da terceira
Linda ilha dos Açores
Em jeito de brincadeira
Fazem do açúcar flores.

 
Flores, frutos e animais
Tudo branquinho e doce
Finura vista jamais
E prometidas em prece.

 
São mãos de fada ágeis
Que com habilidade e gosto
Fazem estas peças frágeis
De requintado bom-gosto. 


O calor suas mãos queima
Em tal artístico labor
Aquece o coração e teima
Fazer do trabalho louvor!


 


sexta-feira, 17 de abril de 2015

A respeito de felicidade


Às vezes, ponho-me a pensar, porque é que me considero uma pessoa feliz, chegando mesmo a interrogar-me, se em caso de querer, teria a possibilidade de encontrar a infelicidade...
O problema é que eu não quero ser infeliz, agarro-me de tal forma às boas recordações e ao que tenho, no momento, de bom, que sinto assim como que uns sininos a repicar dentro de mim, como que a felicitar-me, pelo esforço que faço para encontrar a felicidade, nas pequenas coisa que vêm até mim.
Não procuro nada de extraordinário, pois através da experiência que tenho, sei que as coisas que nos dão profundo prazer e felicidade como por exemplo .a maternidade, o casamento ,o amor, o trabalho, também nos trazem responsabilidades e até riscos de perda , o que nos levará à infelicidade.
Portanto, não vou em voos de grandes altitudes , basta-me ser possuidora de uma rudimentar capacidade de sentir prazer nas coisas simples e comezinhas da vida .
Esforço-me diariamente para valorizar a possibilidade que tenho de viver como, onde e com quem quero, a saúde, a companhia de quem gosto ou dos meus amigos, os momentos de solidão, que prezo muito, e depois a alegria dos reencontros, enfim os mais variados momentos que embora simples ou insignificantes fiquem registados no meu coração, como um bom momento.
O importante é ficar agradada e grata com aquilo que se tem e não esperar da vida coisas impossíveis... Não é a riqueza, nem o sucesso que nos vai trazer a felicidade, mas sim a maneira como lidamos com a nossa vida, com o que temos, com os que nos rodeia, com o que nos acontece, valorizando sempre o que temos, por muito pouco que seja!

quinta-feira, 16 de abril de 2015

confeitos

Para te adoçar a boca...
Confeitos:
Confeitos são por definição "sementes ou pevides cobertas de açúcar, preparado em xarope e seco ao fogo", a palavra é um substantivo que vem do latim (confectu)
e o adjectivo "confeitado" significa coberto de açúcar.
Fazendo uma pequena pesquisa concluí que há por esse mundo fora muitas receitas desta guloseima de todas as formas, feitios, cores e sabores.
Que Deus me perdoe, mas para mim não há confeitos melhores do que os da ilha Terceira, Açores, fabricados pela firma Basílio Simões e filhos em Angra do Heroísmo.
Macios, branquinhos como véu de noiva e aromatizados com sementes de funcho, deixam na boca um sabor a tradição, a Domingos de Bodo, quando era hábito os rapazes oferecerem às raparigas grandes pacotes desta guloseima e a mesas de função, salpicadas do branco dos confeitos que os convidados metiam nos copos para adoçar o tradicional vinho de cheiro dos Biscoitos.
Modernamente as mesas são decoradas com pequenos embrulhos de confeitos que mimam e adoçam a boca dos convidados das funções do Senhor Espírito Santo.
É só mimo, requinte, religiosidade, fé, doçura e tradição!!!




segunda-feira, 13 de abril de 2015

Beijinhos doces


Neste dia especial não posso deixar passar a oportunidade de registar aqui a minha receita especial de beijinhos, aqui vai ela:
Aqui vão estes beijinhos,
que levam leite condensado.
côco e muitos miminhos
e açúcar cristalizado.
É tudo bem misturado,
com açúcar bem branquinho,
ao microondas é levado.
para depois fazer bolinhos.
Envolva no açúcar cristalizado,
no cimo coloque um cravinho,
sempre com muito cuidado,
e decore com um beijinho!
13/Abril/2015
Clara Faria da Rosa

Porque se fecham os olhos???

E já agora, neste dia dedicado ao beijo, gostaria que me dissesses por que razão as pessoas fecham os olhos para beijar?
Li algures que é para a pessoa se concentrar no que está a fazer...E tu, qual é a tua opinião?
Está aberto o debate!

Os Colchões da nossa memória:


Parece incrível mas a verdade é que os colchões nem sempre foram o que são hoje, no tempo da minha avó e da minha mãe e quando eu era criança eram de folha, da folha do milho, escolhida da mais fina e branquinha que no Verão era lavada, posta ao sol e renovada, então estes ficavam altos e cheirosos e quando nós nos deitávamos, faziam um barulhinho que chamava o sono, ficávamos muito aconchegadinhos e dormíamos que nem justos. 
Ainda me lembro da trabalheira que era todos os dias ter que remexer a folha para os colchões ficarem fofos e até me lembro que a minha mãe tinha uma cana da largura da cama, preparada para os nivelar e assim ficar tudo muito direitinho. Enfim, outros tempos...
A folha era metida em colchões feitos de linho cultivado, tratado e fiado por essas mãos ancestrais e esse tecido cá na Terceira era quadriculado em tons de azul .
Pois é disso que te quero falar, no fundo de uma arca que herdei da casa dos meus pais, havia um desses colchões, sem a folha, claro, que nunca fora usado e eu sempre que o olhava lembrava-me com uma certa nostalgia destas coisas que te estou a contar. Receosa que mais tarde alguém se desfaça dele por não  estar ligado a estas recordações e por isso não compreender o seu valor, resolvi aplicá-lo, quer dizer fazer uma reciclagem e o colchão virou toalha rústica, uma toalha bastante grande para usar numa mesa no terraço onde comemos nos dias agradáveis de Verão.
Fiz um entremeio e uma renda para pôr à volta e ficou com este aspecto:

domingo, 12 de abril de 2015

Dia internacional do beijo:


Beijo é o toque dos lábios em ou com qualquer coisa, normalmente numa pessoa.
No Ocidente, o beijo, é consideradao um gesto de afeição. Entre amigos é utilizado como despedida e ou cumprimento. Um beijo dado na boca de outra pessoa é um símbolo de afeição romântica e tem, quase sempre, conotação sexual. O beijo pode ser um sinal de reverência, por exemplo quando beijamos o anel do papa ou do bispo.
Quando eu era criança, ensinaram-me a beijar a mão dos familiares mais velhos, pais, padrinhos, avós e tios e a pedir-lhes a benção.
Neste dia internacional do beijo, mando-te muitos beij inhos amigos, sinceros e respeitosos e beijo, com reverência, as mãos dos meus pais , onde quer que estejam, por tudo o que  foram e representaram para  mim! 
Um beijinho da Clara!!!

13 de Abril, dia internacional do Beijo

Dia internacional do beijo

Neste dia, beijinhos ternurentos desta tua amiga, Clara Faria da Rosa

Drag and drop meDrag and drop meDrag and drop meDrag and drop meDrag and drop meDrag and drop meBeijinhos doces,
Neste dia especial não posso deixar passar a oportunidade de registar aqui uma receita de beijinhos.
Não é minha, copiei-a de um blogue que visitei," Almanaque culinário " Aqui vai ela:


1 lata se leite condensado,
100grs. de côco,1/4 de chávena de chá de água,
Açúcar cristal para decorar,
3/4 de chávena de chá de açúcar.


Misture todos os ingredientes e leve ao microondas 8ou 9 mn.
Retire,bata bem e deixe arrefecer.
Faça pequenas bolinhas e passe por açúcar cristal e decore com cravinho da Índia


sexta-feira, 10 de abril de 2015

Quando os reis vieram à Terceira

Quando os reis vieram à Terceira
D. Carlos, filho de D. Luís 1º e da princesa Maria Pia de Saboia, casou em 1886 com a princesa D. Amélia de Orleães, filha do conde de Paris, na igreja de S. Domingos, em Lisboa e tornou-se rei de Portugal em 1889.
Ficou conhecido na história pelo Oceanógrafo, cognome justificado pela sua paixão pela oceanografia, por Martirizado ou Mártir por ter morrido assassinado e por Diplomata devido às várias visitas de cortesia que fez a diversos países, e aos arquipélagos da Madeira e dos Açores onde aportou nos princípios de Julho de 1901.
São dessa época os saborosos bolinhos que todos conhecem feitos com farinha de milho, ovos, mel de cana e especiarias que foram baptizados com o nome da soberana, em sua honra; O que não se sabe ou não se diz é que as mulheres da freguesia da Ribeirinha, ilha Terceira, teceram uma colcha com a coroa real, para lhes oferecer.
Partiram os monarcas, levando a dita colcha da qual foram feitas cinco réplicas, para várias famílias da ilha.
Quando criança ouvia falar de uma dessas colchas, pertença de uma tia minha, cujo marido a herdara de seus pais, como criança não ligava ao assunto, contudo, morrendo a minha tia e o marido, foi herdeiro o filho destes, o meu primo Francisco Fernandes Martins Aguiar ( Ramalho) casado com Ercília Borges Aguiar os quais num momento de aflição prometeram rezar o terço ao Senhor Espírito Santo e dar um almoço a inocentes e a familiares, isto em Agosto de 2011.
Fui lá rezar o terço e então ao ver a referida colcha, exposta, fiquei a pensar na história que te contei, nas transformações sofridas pela nossa sociedade, no espaço de um século, e nas nossas antepassadas que tanto trabalhavam e que segundo creio, não o fizeram por acaso nem sem objectivo, mas com muita coragem, dignidade e persistência...E aí senti um grande orgulho das nossas avós terceirenses cujo amor, força, e coragem faziam com que valesse a pena viver apesar das adversidades de então!!!
Cada vez mais tenho a certeza de que os costumes e instituições legados pelos nossos antepassados, constituem a sabedoria de muitas gerações após séculos de experiências o que ao fim e ao cabo é a nossa história. Temos obrigação de dar continuidade a essas tradições, pois romper com o passado será pura loucura é como cortar as raízes de uma árvore sem as quais não se poderá sustentar!
Cá está a linda colcha, feita nos teares da Ribeirinha, há mais de cem anos!

domingo, 5 de abril de 2015

Passeios da cidade da Horta/Faial

Matemática, simetria, cuidado e beleza nas calçadas da cidade da Horta:
Se há profissão que admiro é a de calceteiro. Admiro aqueles homens que passam os dias curvados, com as costas voltadas ao Sol e o rosto olhando a terra...
Tiro-lhes o chapéu, por cultivarem uma forma de arte milenar cujo resultado, muitas vezes, passa despercebido aos transeuntes que, na sua azáfama do dia-a-dia, ou por falta de sensibilidade e ou respeito, frequentemente não se apercebem da beleza das formas e desenhos que pisam, fruto do trabalho que aqueles homens criam, com amor e suor.
Como te disse, estive na cidade da Horta - Faial no fim do passado mês de Março e se há cidade que se pode orgulhar das suas calçadas, dos seus passeios, com desenhos simétricos, parecendo o característico bordado de rechilieu é aquela, admirei sobremaneira os seus passeios e as suas ruas arrendadas!
É por isso que, tirei algumas fotos,embora poucas, porque o tempo não permitiu mais... para te mostrar e para recordar...