sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Como fiquei na bancarrota:

Ia olhando e pensando:
É só para ver, não e para comprar! 
Eis senão quando, os meus olhos batem numa pequena, rara e amorosa caixa  de um vidro que adoro. - O vidro casca de cebola,  que é muito procurado por coleccionadores e  se apresenta em  lindíssimas peças vintage  como cachepots, garrafas,  jarras e conjuntos para licores, água e vinho.
 No início do século passado, talvez na década dos anos vinte, o vidro branco transparente, era tratado quimicamente, de  modo a adquirir o tom da casca de cebola que depois podia ser gravado ou tratado com  jactos de areia que lhe conferiam artísticos desenhos.
Como podia deixar de comprar tal preciosidade, que me  lembra o passado  tranquilo, tornando-o em simultâneo presente e permanente?!!! E como deixar para trás a linda e dourada caixa que lhe fazia companhia, de louça alemã  com o carimbo BAVÁRIA?!!! 
Não resisti...
Fiquei  na bancarrota!
Esta expressão bancarrota, vem do facto de na idade média os negociantes de câmbio e empréstimos  se colocarem, nas feiras, atrás de uma mesa, para efectuarem os seus negócios, eram os avós ou trisavós dos bancos actuais, se os negócios iam mal eles quebravam a própria mesa, daí a palavra bancarrota, do italiano banca rota, que se traduz como banca partida ou banca quebrada.









Cá estou eu na capital, esperando por exames e consultas para tratar da saúde que afinal não ficou nada tratada, há que esperar, compreendendo que a vida é feita de capítulos,que vão sendo lidos aos poucos, uns mais agradáveis do que outros, mas contra isso não há nada a fazer, só esperar e aceitar....