sexta-feira, 13 de abril de 2018

Beijinhos doces


Neste dia especial, dedicado ao beijo, não posso deixar passar a oportunidade de registar aqui a minha receita de beijinhos, aqui vai ela:
Aqui vão estes beijinhos,
que levam leite condensado.
côco e muitos miminhos
e açúcar cristalizado.
É tudo bem misturado,
com açúcar e carinhos,
ao microondas é levado.
para depois fazer bolinhos.
Envolva no açúcar cristalizado,
no cimo coloque um cravinho,
sempre com muito cuidado,
decore com um beijinho!
13/Abril/2018
Clara Faria da Rosa

Não sou um caracol sem concha!

Nada se compara a andar a pé para se conhecer  bem um lugar, e 
há dois anos  numa breve  permanência na cidade da Horta, ilha do Faial,  dei um pequeno passeio a pé  pela cidade e entrei no mercado municipal, um simples mas  aprazível espaço, que nos dá conta do que se produz e faz em termos artesanais por aqueles lados . Ao sair, contemplei a respectiva fachada onde se podem ver  alguns painéis de azulejos em homenagem a antigas profissões: vendedores de fruta, de legumes, de  peixe de carne entre outras.                                                               Foi com uma certa nostalgia que me apercebi de como os lugares à semelhança das pessoas mudam quase sem que nos apercebamos disso,  basta só pensar em profissões que eram prática comum na minha infância e que o avanço tecnológico exterminou fazendo com que aparecessem novas profissões.
Basta só referir que vim ao mundo, num meio rural, pelas mãos de uma parteira que fazia o que se podia classificar de "serviço domiciliário", a tia Remédios, na então freguesia, hoje vila das Lajes, não esquecendo  que não havia rapariga casadoira que não recorresse à tecedeira para completar o seu enxoval, o amolador que passava  a apitar e amolava facas e tesouras além de ter outros préstimos como os de pôr gatos em louça ou loiça rachada, e de endireitar e consertar as varetas dos guarda-chuvas, havia o vendedor de peneiras e até se dizia que quando ele aparecia ao fim de três dias chovia, o latoeiro também tinha grandes préstimos para fazer as latas do leite e recipientes que guardavam os produtos do porco entre outros, o tanoeiro, o sapateiro o ferreiro, a ceifeira  a mulher do Pico que passava com um grande açafate à cabeça com lindos e coloridos chapéus de palha que me traziam grande alegria, pois a minha mãe todos os Verões me comprava um chapéus novo porque naquele tempo a moda era ser-se branquinha .
Enfim, não sou contra os avanços tecnológicos, nem contra as novas profissões e gosto de olhar para a frente mas também de rever o passado e estas imagens fazem parte do meu passado  como a concha faz parte de um caracol e eu não sou um caracol sem concha, tenho um passado do qual muito me orgulho!!!